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Acerca de

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Caracterização da região em que se insere o campus do IPSantarém

  Santarém está situada na Lezíria do Tejo, uma região com importantes unidades industriais agroalimentares, em paralelo com um processo de estabilização de uma rede de pequenos e médios centros urbanos, que tem contribuído para uma transformação urbana fundamental e uma união territorial.

   O campus do IPSantarém pertence ao concelho de Santarém, e está inserido na província ribatejana. O concelho de Santarém localiza-se na margem direita do Tejo, que o limita a leste, e a Sul do Maciço Calcário Estremenho de Porto de Mós (Serras de Aire e Candeeiros). O Ribatejo corresponde à bacia sedimentar do Tejo, estabelecendo a transição entre o Litoral e o Interior.

   Na Lezíria do Tejo a paisagem é caracterizada por poucos declives, inferiores a 200 m., com uma morfologia modelada pelo rio Tejo, um fator primordial no desenvolvimento da subregião. As características morfológicas e climáticas criadas pelo rio Tejo, agregadas às diferenças de facilidade de circulação deste recurso natural, proporcionam uma grande diversidade no Vale do Tejo. Nas margens do Tejo predomina a Lezíria, com solos muito férteis, onde se desenvolve o plantio de horticulturas e fruticulturas de cariz industrial, assim como prados naturais que possibilitam a criação de gado. No que diz respeito ao sistema urbano, o território da Lezíria do Tejo é dominado por Santarém, existindo, no entanto, ao seu redor, um conjunto de pequenas, mas dinâmicas cidades que a complementam funcionalmente (Simão, 2011).

  No eixo Ribeirinho Azambuja/Santarém os modelos agrícolas e florestais são reduzidos e inseridos sobretudo em pequenas áreas residuais de floresta e de policultura. Há grandes áreas destinadas a edificação dispersa, segmentada ou centralizada, com centros industriais de grandes dimensões associados. Na faixa territorial entre o Carregado e Santarém, sucedem atividades com grande consumo de espaço: logística, indústria e grandes infraestruturas de acessibilidades rodoferroviária (Simão, 2011).

   A cidade de Santarém está localizada sobre uma elevação, esta posição geográfica confere-lhe pontos de vista, para Norte e Nascente, destacando-se as Portas do Sol, um miradouro sobre o Tejo. 

   Percorrendo o concelho de Sul para Norte, a paisagem vai emergindo como humanizada ao longo das vias de comunicação onde predominam culturas de tipo mediterrânico como o olival, o trigo e as vinhas. Em relação à floresta, mesmo reduzida, é essencialmente marcada pelo pinheiro e eucalipto (Câmara Municipal de Santarém, s.d.).

   Na página online da Câmara Municipal de Santarém, encontra-se ainda informação relacionada com o clima do concelho que se pode caracterizar entre o tipo marítimo- com penetração do ar atlântico, e o continental atenuado – com características mais específicas nas zonas mais elevadas. No que diz respeito à temperatura demarcam-se duas zonas: uma mais fresca, nos prolongamentos ocidentais do concelho, influenciado pelo ar marítimo, e outra, mais quente que abrange quase toda a área do concelho.

   Relativamente à Flora, destacam-se a Erva-do-homem-enforcado, Satirião-menor, Antirrhinum calycinum, Roselha-maior, Bons-dias, Trovisco-macho, Maios-amarelos, Alfazema-brava, Flor-dos-macaquinhos, Carrasco e Folhado. Algumas espécies como o Tojo-arnal, a Queiró, a Silva e o Feto-ordinário, que estão espalhadas pelo concelho são encontradas em Portugal ao longo da costa através da Cantábria e da Galiza, prevenindo-se do frio e secura da Meseta Norte. Acontece ainda um facto interessante que é a ocorrência, no concelho, de plantas calcífugas como o Rosmaninho, o Tojo-molar, a Roselha, a Urze-das-vassouras e a Erva-montã. A sua existência geralmente restringe-se a zonas onde há grandes quedas de chuva invernal que lavam o solo, arrastando o cálcio assimilável (Câmara Municipal de Santarém, s.d.).

   Quanto à fauna, há um conjunto de espécies vasto e diversificado, no entanto, as mais comuns são espécies bastante adaptáveis e pouco exigentes do ponto de vista ecológico como a Rã-verde, a Sardanisca-argelina, a Cobra-rateira, o Mocho-galego, a Águia-de-asa-redonda, o Pintassilgo, o Chamariz, a Fuinha-dos-juncos, a Gralha-preta, a Andorinha-das-chaminés, o Chapim-real, o Melro-preto, o Rato-das-hortas, o Musaranho-de-dentes-brancos e o Coelho entre diversas outras (Câmara Municipal de Santarém, s.d.). Em contraste com estas espécies mais comuns há algumas mais especializadas, próprias de meios ambientes específicos e encontradas em áreas muito localizadas. Entre as quais a Câmara Municipal de Santarém (s.d.) elenca: Tritão-de-ventre-laranja, Rouxinóis-dos-caniços, Laverca, Petinha-dos-campos, Alvéola-cinzenta, Chapim-preto, Lontra e Morcegos.

  De forma semelhante ao que acontece com a flora, também se encontra um conjunto expressivo de espécies mediterrânicas ao nível da fauna, são exemplo: a Salamandra-de-costelas-salientes, a Rela-meridional, a Osga-comum, a Cobra-de-ferradura, a Cobra-rateira, o Pardal-francês, a Toupeira, o Musaranho-anão-de-dentes-brancos, o Morcego-de-ferradura-mediterrânico e o Morcego-de-peluche (Câmara Municipal de Santarém, s.d.).

Referências

Câmara Municipal de Santarém (s.d.). Caracterização do Concelho. Caracterização ambiental. https://www.cm-santarem.pt/o-municipio/caraterizacao-santarem

Simão, J. V. (Coord.) (2011). Carta Regional de Competitividade Lezíria do Tejo/Médio Tejo. Volume IV – Cartas Regionais de Competitividade.

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